domingo, 22 de março de 2015

Preßnitztalbahn im Herbst 2014 - Narrow Gauge Steam Railway - Dampflok

Pátio das Cinco Pontas, no Recife, é inscrito como patrimônio ferroviário

22/03 - G1 PE / Revista Ferroviária


Foi publicada no Diário Oficial da União, na terça-feira (17), a homologação da decisão de incluir a área operacional do Pátio Ferroviário das Cinco Pontas, no Recife, na Lista do Patrimônio Cultural Ferroviário. A decisão é assinada pela presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema de Sousa Machado.

O pátio ferroviário fica no terreno do Cais José Estelita. Vizinho ao pátio está a área que é alvo de disputa entre o consórcio responsável pelo projeto Novo Recife e movimentos sociais contrários à sua construção. O Novo Recife prevê a construção de 13 prédios residenciais e comerciais, com altura variando de 12 a 38 andares.

De acordo com a Secretaria de Desenvolvimento e Planejamento Urbano do Recife, a zona onde está o pátio ferroviário é reservada como área de parque público, de modo a preservar e valorizar a memória ferroviária. "O município reconhece e afirma que só pode ter essa destinação, com valorização dos elementos culturais que temos lá. Isso [a inscrição do Iphan como patrimônio ferroviário] não alteraria nossos planos para a área", disse o secretário Antônio Alexandre.

Homologação

A Comissão de Avaliação do Patrimônio Cultural Ferroviário se reuniu no dia 12 de fevereiro e reconheceu o valor histórico, artístico e cultural da área, homologado nesta terça pela presidente do Iphan. A área é vinculada a um contrato de concessão - neste caso, explorado pela Transnordestina Logística S/A.

O Iphan deve enviar agora um ofício ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) para informar sobre a inscrição do bem na lista. Procurado pelo G1, o instituto informou que, de acordo com o artigo 9º da Lei 11.483/2007, "caso o bem seja classificado como operacional, o IPHAN deverá garantir seu compartilhamento para uso ferroviário". Isso significa significa que Iphan e DNIT devem trabalhar em conjunto para a preservação desse bem.

O Iphan ressalta ainda que, com a inclusão na Lista de Patrimônio Ferroviário, "qualquer intervenção nessa área, que atualmente precisa de aprovação por parte da ANTT (reguladora do contrato de concessão) e por parte do DNIT (proprietário da área, em função da Lei 11.483/2007), deverá ser aprovadas pelo IPHAN".

sábado, 14 de março de 2015

Vídeo mostra locos da VLI no novo trecho da FNS

14/03 - Revista Ferroviária

Assista ao vídeo da saída das locomotivas de Anápolis em operação realizada pela

As primeiras 2 de uma série de 18 locomotivas modelo SB70ACe fabricadas pela Progress Rail e compradas pela VLI para operar na Ferrovia Norte-Sul chegaram no dia 2 de março em Imperatriz (MA). Elas percorreram o novo trecho da ferrovia Norte-Sul entre Anápolis (GO) e Palmas (TO) em operação da VLI que comprou a capacidade da via operada pela Valec. As máquinas fabricadas pela Progress Rail chegaram a Sete Lagoas de caminhão e entraram na Norte-Sul em Anápolis. Na última quinta-feira, dia 26, as locomotivas pegaram a nova via para percorrer os 850 km até Palmas no trecho sob responsabilidade da Valec. De lá seguiram para Imperatriz, no Maranhão onde chegaram as 2 da manhã de hoje. As máquinas modelo SB70ACe pertencem a uma série de 18 locomotivas. Segundo a Progress Rail, além das duas que já chegaram, outras 4 locomotivas estão a caminho.

Comitiva do Vale do Itajaí tenta derrubar possibilidade de ferrovia passar pelo Norte do Estado

14/03 - O Sol Diário / Revista Ferroviária


Lideranças de Itajaí e região participaram no dia 10 de março, de uma reunião com o governador Raimundo Colombo (PSD) para pedir que o traçado da Ferrovia do Frango, ou Ferrovia da Integração _ nome mais pomposo que a obra recebeu recentemente _ tenha mantido no projeto o traçado original, ligando Dionísio Cerqueira ao Complexo Portuário do Itajaí, passando pelo Vale.

A ideia é afastar a possibilidade de o trajeto ser deslocado para o Norte, como defendem algumas lideranças no Estado. A mudança poderia trazer um prejuízo considerável à região, já que a ferrovia deverá basicamente transportar carne congelada _ o principal foco de atuação dos terminais portuários de Itajaí e Navegantes.

Enviar a carga para o Norte poderia, também, facilitar a concorrência de outros terminais como Itapoá e até mesmo Paranaguá, no Paraná.

O lobby foi encabeçado pela Associação Empresarial de Itajaí (ACII), a vice-prefeita da cidade, Dalva Rhenius (PSB), o prefeito de Itapema, Rodrigo Bolinha (PSDB) e o prefeito de Blumenau, Napoleão Bernardes (PSDB), além de representantes do empresariado de toda a região, do Porto de Itajaí e da Portonave.

O pedido foi para que além da questão técnica, seja levada em consideração também a questão política. A definição do traçado deve ocorrer entre 45 e 60 dias e, de acordo com o presidente da ACII, Eclésio da Silva, o governador acenou apoio à proposta da ferrovia via Vale do Itajaí.

MG: Projeto prevê restauração de estações ferroviárias da região

14/03 - G1 / Revista Ferroviária


No dia 5 de março, o Uberlândia Convention & Visitors Bureau recebeu o gestor do projeto "Trens Turísticos" e consultor em assuntos ferroviários, o engenheiro José Silva Coutinho. Com informações referentes ao trecho da malha ferroviária que liga Araguari, Uberlândia, Uberaba, Araxá e Ibiá. O Projeto Trens Turísticos é uma iniciativa do Circuito Turístico do Triângulo Mineiro, Circuito da Canastra, Dos Lagos, Das Águas, e Caminhos do Cerrado.

O projeto em processo de viabilização, busca agregar valor ao destino turístico contribuindo para a preservação da memória ferroviária, e ao mesmo tempo para um atrativo cultural na região. “O encontro, foi feito com os prefeitos dessas cidades serviu de base para a formatação e levantamento dos custos do projeto, que definirão a viabilidade e a potencialização do mesmo para a região. O Projeto Trens Turísticos é muito bom e visa fomentar o desenvolvimento do turismo, consolidar o destino, prospectar a região e beneficiar seus associados”, disse a executiva de captação de eventos do Uberlândia Convention & Visitors Bureau, Raquel Mohn.

José Silva Coutinho também visitou o município de Araxá, o comandante do Batalhão Mauá e participou de reunião com representantes da Associação Comercial, Industrial, Agropecuária e de Serviços de Araguari.

Nova rota ferroviária chinesa chega à Espanha

14/03 - Valor Econômico / Revista Ferroviária

Os mercados atacadistas de bugigangas baratas de Yiwu, um centro de comércio a poucas horas de Xangai, prosperaram exportando seus produtos além do oceano.

Negociantes árabes e africanos se misturam a compradores europeus para adquirir artigos variados, como flores de plástico, braceletes e lanternas, que são transportados em caminhões até os portos próximos, colocados em contêineres e embarcados em navios.

Em novembro, contudo, parte da produção da cidade foi para o outro lado: um trem fretado partiu de Yiwu para Madri, inaugurando a malha ferroviária mais longa do mundo, uma viagem por cerca de 13 mil quilômetros ao longo da antiga Rota da Seda, através da Ásia Central. A estrada de ferro é parte de um dos projetos de transporte e infraestrutura mais ambiciosos da história, concebido num momento em que a China, sob o governo do presidente Xi Jinping, busca novos sonhos continentais.

Xi é motivado pela insegurança. A China pode até estar projetando uma imagem de autoconfiança e arrogância ao se apoderar de recifes e construir ilhas artificiais no mar da China Meridional, mas a realidade é muito diferente. Pequim está olhando para o Ocidente precisamente porque a vista para o Pacífico é cheia de perigos.

A China se sente sufocada por uma rede de alianças militares americanas que se estende desde a Coreia do Sul e o Japão, passa pelas Filipinas e vai até a Austrália. Ainda que a China esteja rapidamente ampliando seu poderio militar, a Marinha dos Estados Unidos segue dominando os oceanos. Num eventual conflito, os navios de guerra e os submarinos dos EUA podem estrangular a economia da China com um bloqueio naval.

O governo chinês também vê riscos numa nova ordem de comércio regional atualmente em formação. O presidente dos EUA, Barack Obama, está renovando os esforços para finalizar a Parceria Transpacífico, um acordo gigante de livre-comércio que vai unir 12 países que respondem por 40% do PIB mundial, mas que excluirá a China. O acordo está no âmago da chamada "virada" de Obama para a Ásia, que Pequim interpreta como uma estratégia ao estilo da Guerra Fria para impedir o crescimento de um concorrente global.

Por isso, Xi está se voltando para a Eurásia. O objetivo, como ele coloca, é "romper o gargalo da conectividade".
O plano improvável de reabrir a porta dos fundos da Europa através da Ásia Central - que a China chama de "Cinturão Econômico da Rota da Seda" - está se tornando uma luta épica contra vastas distâncias e uma geografia selvagem.

A linha entre Yiwu e Madri serpenteia por Cazaquistão, Rússia, Belarus, Polônia, Alemanha e França em seu caminho até a Espanha. Parte de um clima subtropical e atravessa um deserto e estepes onde as temperaturas podem cair a 40 graus negativos no inverno.
A logística é imensamente complexa. Por causa das diferentes bitolas ao longo do caminho, os contêineres têm que ser transferidos por guindastes para novos vagões três vezes - ao entrar no Cazaquistão, na Polônia e, por fim, ao chegar na Espanha.

Já existe um trem comercial entre a cidade de Chongqing, no sudoeste da China, e Duisburg, na Alemanha, e a cidade de Zhengzhou, na região central da China, é ligada a Hamburgo. Mas locomotivas nunca substituirão navios: no máximo, podem puxar poucas centenas de contêineres enquanto os maiores navios podem carregar até 18 mil. A navegação ainda é muito mais barata, embora o trem seja mais rápido. A troca entre custo e velocidade torna o frete ferroviário válido principalmente para bens de maior valor.

Várias rotas ferroviárias muito longas estão sendo planejadas. Algumas parecem possíveis, como um trem de alta velocidade entre Pequim e Moscou. Outras são puramente fantasiosas, inclusive uma linha que entra em um túnel no Ártico e termina em Nova York, passando pelo Canadá.

Tudo é parte da grande visão de Xi: as linhas de trem serão a forma de atar com laços de aço a economia da China às de seus vizinhos.

Esse é o motivo do investimento inicial de US$ 40 bilhões que a China fez no Fundo da Rota da Seda para modernizar a rede ferroviária existente, construir novos troncos e desvios e instalar dutos de petróleo e infraestrutura industrial nos países que atravessa.
O empreendimento gigantesco, agora uma prioridade nacional, explora algumas das forças da China. Ao contrário do Pacífico Ocidental, onde os EUA devem continuar sendo a força dominante por muitos anos, a Ásia Central está livre para ser conquistada.

Há um vácuo de poder ali desde que o esfacelamento da União Soviética, em 1991, criou países autônomos. As elites governantes do Cazaquistão, Uzbequistão, Quirguistão, Tadjiquistão e Turcomenistão ainda são politicamente próximas do Kremlin, mas seu futuro econômico está na China.

A maioria desses países é receptiva à forma chinesa de fazer negócios no mundo em desenvolvimento: iniciativa do Estado e prioridade a investimentos em energia, mineração e indústria pesada e com grande impacto ambiental. Já a Parceria Transpacífico vai se concentrar no comércio de serviços e impõe padrões elevados de práticas trabalhistas e ambientais.

As imensas caravanas da Rota da Seda foram extintas há 400 anos pela concorrência dos navios europeus e as turbulências militares e políticas da instável região. Xi enfrenta um conjunto semelhante de desafios e sem garantia de sucesso.

Estação de trem abandonada será revitalizada em Taubaté, SP

14/03 - G1 / Revista Ferroviária


O Instituto de Desenvolvimento e Sustentabilidade Humana, em parceria com a Prefeitura de Taubaté, conseguiu a concessão do imóvel, que está em fase de tombamento pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephat). Além do armazém, com uma área de 400 metros quadrados, a expectativa é que a estação seja um centro de cultura e educação.

“Esperamos construir um memorial da estação, com salas, um café e auditório que possa receber espetáculos com uma interação com a própria estação e a praça que fica em frente”, esclareceu o diretor-presidente do instituto, Rodrigo França.

A estação está localizada em uma região movimentada da cidade. O prédio foi erguido em 1866 e está em ruínas por falta de manutenção. A pintura que restou da fachada divide espaço com pichações. Na parte de dentro, o forro está desabando e a sujeira está por todo lado. Mas nos cômodos abandonados ainda são encontrados móveis, uma máquina de escrever, uma poltrona e um cofre.

Antigamente, os passageiros que vinham de São Paulo com destino ao Rio de Janeiro paravam na estação de Taubaté. Havia uma diferença na largura dos trilhos, por isso os passageiros eram obrigados a descer dos vagões e fazer a baldeação, por isso esta era uma das estações mais movimentadas do eixo Rio-São Paulo.

“Era uma das mais importantes estações ao lado da estação de Cachoeira Paulista, as principais do trecho”, contou França.
Há mais de 35 anos não é feito o transporte de passageiros. O prédio era usado como escritório pela empresa MRS Logística, concessionária que opera a malha ferroviária de carga nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Mas há anos o prédio estava abandonado.

Com a revitalização, a expectativa dos moradores e comerciantes da região é poder desfrutar de um espaço que preserve a história e promova a cultura.