terça-feira, 12 de maio de 2015

A Preservação Ferroviária no Sul de Santa Catarina

12/05 - Estação Porão / Museu Ferroviário de Tubarão



A Sociedade dos Amigos da Locomotiva a Vapor é uma entidades sem fins lucrativos, fundada em 1997, cujo desiderato é o resgate e a preservação da história da ferrovia no Sul de Santa Catarina, mediante a construção do MUSEU FERROVIÁRIO DE TUBARÃO e a operação do TREM DA HISTÓRIA e ainda a  dotação, e conservação de monumentos à memória ferroviária existentes na região.

Graças a este trabalho, que se desenvolve com grande intensidade, na atualidade, o material ferroviário existente está sendo restaurado e preservado,  mercê da labuta de voluntários da entidade que não competem entre si e sim trabalham em estrita cooperação, do que resulta a racionalização das ações visando atingemento das metas já descritas. 

Assim é que os voluntários pretendem a conclusão do MUSEU FERRO-VIÁRIO DE TUBARÃO para o quarto trimestre do corrente ano, dependendo apenas da obtenção dos recursos para algumas obras de pequena monta a serem feitas no citado espaço cultura, listadas e orçadas em anexo.

Entre as locomotivas, três operam na tração do TREM DA HISTÓRIA que tem periodicidade mensal ou  dependente de demanda, trem este que conserva as características de um comboio do inicio do século XX, ou seja: locomotivas a vapor e diesel na tração de vagões em madeira. Estas locomotivas e os carros de passageiro estão perfeitamente conservados e pintados com primor. No momento, recupera-se mais uma locomotiva modelo PACIFIC, americana.

O  trem, que tem capacidade para duzentos e cinqüenta passageiros, transporta turistas da região e forasteiros de outras regiões do estado e de outros países. Anualmente, um trem é fretado por estrangeiros provenientes dos cinco continentes, inclusive da Oceania.  O eventual lucro obtido com a venda de passagens é revertido para a manutenção do próprio trem e as sobras são aplicadas na construção  do MUSEU. O acervo do MUSEU é riquíssimo,  incluído 15 (quinze ) locomotivas a vapor em modelos de procedência diferentes, a mais antiga construída em 1900, além disto, estarão expostos objetos que compõem a historia da ferrovia e outros como mobiliário, mil e quinhentas fotografias, trezentos documentos tais como relatórios, correspondência, plantas e projetos de locomotivas e vagões,  filmes, vídeos, livros sobre a historia da ferrovia.

O display do acervo leva em conta a preocupação em ser o MUSEU uma entidade com utilidade pedagógica.  Por  isso,  pretende-se preparar uma locomotiva a vapor, suspensa dos trilhos, com cortes para mostrar o funcionamento de caldeira, pistões, braçagens, apito e sino.

Pela sua localização, ao longo de uma das linhas, o Museu será do tipo iterativo ou dinâmico ou seja: os forasteiros que iniciam sua viagem no Trem da História, poderão visitar o acervo, operar máquinas e equipamentos, assistir audiovisuais e depois embarcar no trem. Um item importante no complexo do  MUSEU é a Estação do século XIX, que foi totalmente construída, onde está mantida, com fidelidade, a arquitetura da época. Mobiliário e equipamentos são todos dos primórdios da ferrovia, que foi construída em 1884 e operada por ingleses até 1902. Como se vê, o material histórico ferroviário existente na região, está sendo devidamente preservado. Justiça se faça, teríamos sido impotentes para alcançar as metas já atingidas, não fosse a  irrestrita e interessada colaboração que encontramos por parte da FTC – Ferrovia Tereza Cristina, de que jamais recebemos uma negativa para as nossas necessidades tanto no aspecto MUSEU como no do TREM DA HISTÓRIA. A mentalidade aberta, progressista, altruísta e cooperativa que encontramos, por parte da Direção da Arrendatária, tem sido fundamental para a consecução dos nossos objetivos.

Entre muitos outros benefícios, destacamos:  

1 -  Franquia  total  de suas linhas pra o nosso TREM DA HISTÓRIA, sem  restrições de dias e de horários.
2 – Franquia de suas oficinas  e instalações para  a  reconstrução  e  recuperação de materiais ferroviários.
3 – Franquia dos gastos com energia elétrica,  água  e luz, oxigênio e solda, jateamento e até de alguns insumos tais como óleos e graxas.
4 – Autorização para a construção,  em  anexo  a sua oficina, de um abrigo de 150m para o trem de turismo.
5 – Construção da linha férrea necessária ao abrigo.
6 – Cursos de reciclagem para maquinistas e pessoal de bordo.
7 – Material para a construção de uma linha de acesso ao Museu.
8 – Remodelação da linha que percorre a Estação de Tubarão.
9 – Patrocínio  da  edição  de  um  livro sobre a Historia da Ferrovia Tereza Cristina, ora no prelo.

A conservação de material ferroviário não pressupõe apenas a recuperação e manutenção de equipamentos que já passaram à história, mas sim uma precocidade nas ações que visam preservar  os equipamentos em uso nas ferrovias, na atualidade.

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