quinta-feira, 17 de maio de 2012

Ásia tem as ferrovias mais extensas de TAV

17/05 - Muito antes da Europa perceber que era preciso multiplicar e modernizar a malha ferroviária, nos anos 1980, os japoneses inauguravam sua primeira linha de alta velocidade. O Shinkansen (ou simplesmente trem-bala), estreou durante os Jogos Olímpicos de 1964 no trajeto Tóquio- Osaka. As composições se deslocavam a uma velocidade de 217 quilômetros por hora, algo bastante avançado para a época.
De lá para cá o país estabeleceu uma rede de mais de 2,5 mil quilômetros de trilhos percorridos em alta velocidade - e tratou de acelerar ainda mais seus vagões. Hoje, os principais trechos que conectam as grandes e populosas metrópoles nipônicas são percorridos a uma velocidade de 300 quilômetros por hora. Consequentemente, a cultura dos trens rápidos se tornou uma das marcas nacionais.

Agora, é a vez da vizinha China chamar a atenção do mundo com a inauguração de mais um trecho para trens rápidos, passando a concentrar a maior malha ferroviária de alta velocidade do mundo inteiro. Com investimento de US$ 33 bilhões, 1.318 quilômetros de ferrovias rápidas foram construídos de uma vez só, dando vida à Harmony Express, inaugurada em julho do ano passado. A linha liga Pequim, a capital do país, ao centro financeiro Xangai em 4h48. O sistema comum faz o mesmo percurso em 10 horas.

A obra, que levou 39 meses, foi concluída um ano antes da previsão inicial e foi a mais cara realizada desde a chegada do Partido Comunista ao poder, em 1949. O que comprova a ambição chinesa de se tornar uma potência neste tipo de transporte. Até o final de 2013, a rede de altíssima velocidade chinesa já deverá ter superado os 13 mil quilômetros, somando quase o dobro de todas as linhas do tipo em todos os outros países.

Linhas de TAV dos EUA seguem sem muita pressa

Como o Brasil, onde a construção do tal trem-bala entre São Paulo, Campinas e Rio continua emperrada (o governo promete nova licitação no segundo semestre), os Estados Unidos priorizaram os automóveis no seu sistema de transportes. Por isso, as estradas são impecáveis, enquanto a malha ferroviária não é lá muito expressiva.

O país até conta com um sistema nacional de transporte ferroviário de passageiros, o Amtrak (amtrak.com), com trens confortáveis, alguns com Wi-Fi grátis. Mas as velocidades não são o destaque. O Acela Express, por exemplo, que percorre os 734 quilômetros entre Boston e Washington, leva 7 longas horas no trajeto. Apesar de poder chegar a 240 quilômetros por hora, a velocidade média é de 110 quilômetros por hora. O bilhete mais em conta sai por US$ 49.

Fonte: Revista Ferroviária

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